Vertismed Brasil | Fevereiro roxo: como orientar melhor seus pacientes sobre a fibromialgia?

Fevereiro roxo: como orientar melhor seus pacientes sobre a fibromialgia?

Tiempo de lectura: 4 minutos

A fibromialgia é uma doença marcada pela dor crônica, ou seja, por uma dor que não passa. Os pacientes que sofrem com a fibromialgia têm grande impacto em sua rotina, visto que, a dor atrapalha seu desempenho em praticamente todas as áreas.

O diagnóstico da fibromialgia não é tão fácil, porque ainda não existem exames específicos para a patologia. O paciente recebe o diagnóstico com base nos sintomas apresentados e no exame físico, em que o médico pode identificar os locais de dor.

Neste artigo, você vai entender mais sobre a doença e sobre a importância de orientar os pacientes da melhor forma.

Fevereiro Roxo e a conscientização sobre a fibromialgia

O Fevereiro Roxo é o mês dedicado à conscientização acerca da Fibromialgia, Lúpus e Alzheimer, doenças crônicas e que não têm cura. E, afetam 2,5% da população mundial.

A campanha foi criada no ano de 2014, no estado de Minas Gerais, mas ainda não faz parte do calendário oficial do Ministério da Saúde. O Fevereiro Roxo tem o objetivo de conscientizar a população, pois as pessoas que sofrem com a fibromialgia ainda precisam lidar com o preconceito, até mesmo em sua família.

Os familiares podem duvidar que o paciente tenha fibromialgia, já que não existe um exame que faça o diagnóstico exato da condição. O diagnóstico é apenas clínico.

As dores sentidas pelos pacientes afetam os músculos e articulações, porém não apresentam ponto de inflamação, o que torna ainda mais complicado o seu diagnóstico.

Mas, quando o paciente é diagnosticado logo na fase inicial, é possível que tenha mais qualidade de vida e que os sintomas sejam mais controlados. Ele não vai ficar sofrendo com os sintomas por meses ou anos, sem saber o motivo deles.

Quais são os sintomas mais comuns da fibromialgia?

A maioria dos pacientes com fibromialgia relata dor crônica (que dura mais do que três meses), fadiga persistente, alterações no sono, inchaço, alterações de memória e de concentração. Além do mais, existem casos em que pacientes desenvolvem ansiedade e depressão, em decorrência dos outros sintomas.

Aproximadamente 45% dos pacientes no Brasil relataram problemas na sua vida sexual devido à doença.

O papel do médico é ajudar o paciente a ter mais qualidade de vida, para isso, é necessário que o profissional de saúde leve em conta todos os sintomas relatados pelo paciente e que haja da forma mais compreensiva possível, dando importância tanto aos sintomas físicos quanto emocionais. O diagnóstico é clínico.

O histórico do paciente também é investigado, uma vez que traumas e estresse podem levar ao desenvolvimento da síndrome.

Observa-se maior número de pacientes com fibromialgia do sexo feminino, na faixa etária dos 30 aos 50 anos de idade. Porém, pode afetar ambos os sexos e as diferentes faixas etárias.

Como tratar a fibromialgia

O reumatologista é o médico indicado para auxiliar o paciente que sofre com a fibromialgia. Porém, além do tratamento com o reumatologista, é indicado que haja acompanhamento com psicólogo, nutricionista e fisioterapeuta para amenizar as dores.

Muitos pacientes sofrem com a fibromialgia durante muitos anos, ou até confundem com outra doença, devido ao desconhecimento dos sintomas. Desse modo, os exames de sangue que são prescritos pelo reumatologista têm o objetivo de descartar outras doenças, até chegar ao diagnóstico da fibromialgia.

Para ter uma noção da dificuldade do diagnóstico, um em cada quatro pacientes demorou cerca de três anos para descobrir que era portador da fibromialgia. Ademais, 52% das pessoas no Brasil tiveram dificuldade em saber qual era o profissional de saúde adequado para o diagnóstico da síndrome.

Com isso, o tratamento não é feito apenas do ponto de vista medicamentoso, mas as terapias são altamente indicadas. Como terapia psicológica, fisioterapia, hidroterapia, pilates, yoga e acupuntura.

Lembre-se que o tratamento para fibromialgia é realizado com base na integração entre as diversas áreas da saúde, como dito anteriormente neste tópico.

Como orientar os pacientes sobre a fibromialgia

É importante que o profissional de saúde busque eliminar outras patologias, para que o diagnóstico da fibromialgia seja confirmado. Para isso, exames laboratoriais e de imagem são indicados, para descartar patologias com sintomas parecidos.

Como dito ao longo do artigo, não existem exames específicos para a fibromialgia, mas existem exames que são eficazes para o diagnóstico de outras doenças.

O papel do profissional de saúde é levar em conta todos esses aspectos e investigar cada ponto, para que chegue ao diagnóstico correto.

Quando outras patologias reumáticas ou doenças autoimunes são descartadas, então o médico pode confirmar o diagnóstico da fibromialgia e iniciar o tratamento do paciente.

O estilo de vida do paciente precisará ser modificado, para que haja maior qualidade de vida. Além das terapias, a atividade física é uma excelente indicação para o tratamento, juntamente com os medicamentos para dor e para outros sintomas.

Os exercícios aeróbicos como ciclismo, natação, corrida, hidroginástica, caminhada e dança são excelentes, pois estimulam o corpo a produzir hormônios que irão reduzir a percepção de dor. Além disso, melhoram os outros sintomas, como insônia, fadiga, ansiedade e outros.

Afinal, o sedentarismo é um agravante na maioria dos casos, não apenas para a fibromialgia, mas para uma série de doenças. Por isso, pode ajudar no tratamento de outras condições que o paciente apresente.

É recomendado que o tratamento seja individualizado, afinal cada pessoa possui suas particularidades. O médico pode indicar o melhor tratamento de acordo com os exames, sintomas e histórico apresentado.

Em muitos casos, é possível integrar a meditação, uso de medicamentos fitoterápicos e alongamentos para melhorar a flexibilidade das articulações e auxiliar no relaxamento da musculatura.

Conclusão

O paciente deve procurar o médico ao início dos sintomas, para garantir o sucesso do tratamento e melhora do quadro. Não é indicada a automedicação, pode ocorrer piora da doença.

A dor não deve ser subestimada, mas investigada. Cada paciente precisa ser tratado de forma individualizada e humana.

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Fontes:

https://www.em.com.br/app/noticia/saude-e-bem-viver/2022/05/26/interna_bem_viver,1368936/fibromialgia-um-a-cada-dois-pacientes-relata-impacto-na-qualidade-de-vida.shtml

https://www.corpoacao.com.br/blog/atividade-fisica-e-fibromialgia/

https://www.reumatologia.org.br/doencas-reumaticas/fibromialgia-e-doencas-articulares-inflamatorias/

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