Vertismed Brasil | Tosse, falta de ar e cansaço podem ser sintomas de FPI

Tosse, falta de ar e cansaço. Esses sintomas podem indicar a presença de FPI ?

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O diagnóstico de FPI pode levar vários meses desde o início dos sintomas, sendo que não é incomum pacientes relatarem que os primeiros sintomas surgiram cerca de 3 anos ou até mais até a definição da doença. Diversos são os motivos que retardam o diagnóstico precoce e muitas vezes fazem com que o tratamento somente seja iniciado em fases mais avançadas da doença, quando o processo fibrótico estabelecido no pulmão já determina importante redução da capacidade respiratória.

            Muitas vezes os sintomas são confundidos com os de outras doenças respiratórias ou cardíacas, ou mesmo associados a sedentarismo ou idade avançada. Em algumas situações os pacientes demoram a buscar atendimento médico, pois uma vez que a FPI acomete indivíduos com idade próxima aos 60 anos, julgam que os sintomas estão associados a falta de atividades físicas regulares ou mesmo a alguma doença pré-existente.

            Os principais testes diagnósticos para a confirmação da doença nem sempre estão disponíveis para a pacientes suspeitos, em especial aqueles atendidos em serviços públicos.  A tomografia computadorizada de tórax e as provas de função pulmonar (espirometria), principais testes para investigação diagnóstica em FPI, podem levar meses ou anos para serem realizados. Em algumas ocasiões onde a biópsia pulmonar seja necessária a situação pode ficar ainda mais complexa, uma vez que estes procedimentos são realizados apenas em serviços especializados.

            Diversos estudos demonstram que o retardo no diagnóstico está associado a pior prognóstico da doença.  Muitas vezes o diagnóstico inicial incorreto também contribui para um tratamento equivocado e atraso no inicio do uso de antifibróticos. É fundamental que a FPI entre como uma opção diagnóstica em casos e sintomas respiratórios crônicos, em especial em pacientes próximo de 60 anos, ex-fumantes e que tenham sintomas progressivos nos últimos meses ou anos.  Desta forma, mais diagnósticos precoces poderão ser feitos contribuindo para um melhor manejo e prognóstico da doença.

 

Referências

           

            Ryu JH, Moua T, Daniels CE, Hartman TE, Yi ES, Utz JP, Limper AH. Idiopathic pulmonary fibrosis: evolving concepts. Mayo Clin Proc. 2014 Aug;89(8):1130-42

            Albera C, Costabel U, Fagan EA, et al. Efficacy of pirfenidone in patients with idiopathic pulmonary fibrosis with more preserved lung function. Eur Respir J 2016; 48:843-51

            Hewson T, McKeever TM, Gibson JE, Navaratnam V, Hubbard RB, Hutchinson JP. Timing of onset of symptoms in people with idiopathic pulmonary fibrosis. Thorax. 2017 Oct 11:thoraxjnl-2017-210177. doi: 10.1136/thoraxjnl-2017-210177

DR. ADALBERTO RUBIN – CRM 15842/RS

Chefe do Serviço de Pneumologia da Santa Casa de Porto Alegre

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