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Neurociência do TDAH: O Que Acontece no Cérebro?

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O Transtorno do Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) é uma condição neuropsiquiátrica que afeta milhões de crianças e adultos em todo o mundo. Por décadas, pesquisadores têm se empenhado em compreender as complexas alterações neurobiológicas associadas a essa condição. As informações fornecidas pelas neurociências mostraram de forma inequívoca que os cérebros das crianças com TDAH são diferentes daqueles de crianças-referência.

Mais recentemente, a pesquisa sobre as bases neurobiológicas do TDAH mudou de um modelo baseado em diferenças regionais do cérebro para um contexto caracterizado por uma conectividade alterada entre várias áreas. Atualmente, estamos ainda conseguindo informações principalmente sobre elementos individuais dessas redes. Em um futuro próximo, precisamos entender melhor como esses elementos se encaixam uns nos outros.

Diferenças no cérebro de indivíduos com TDAH


Estudos de neuroimagem, como ressonância magnética funcional (fMRI) e tomografia por emissão de pósitrons (PET), têm revelado diferenças estruturais e funcionais no cérebro de indivíduos com TDAH em comparação com aqueles sem o transtorno. Uma das descobertas mais consistentes é uma diminuição no volume de certas áreas cerebrais, como o córtex pré-frontal e o córtex cingulado anterior. Essas áreas estão associadas ao controle da atenção, inibição de impulsos e tomada de decisões.

Desafios na pesquisa


Apesar dos avanços na compreensão das bases neurobiológicas do TDAH, existem obstáculos técnicos e metodológicos significativos a serem superados. Por exemplo, a heterogeneidade do TDAH, com diferentes subtipos e graus de gravidade, torna difícil identificar padrões cerebrais universais que se apliquem a todos os indivíduos com a condição. A idade de início e a progressão do transtorno também influenciam as características neurobiológicas, tornando a pesquisa ainda mais complexa.

Bases genéticas e fatores ambientais


Além das descobertas sobre as diferenças no cérebro, a neurociência também revelou informações importantes sobre as bases genéticas do TDAH. Estudos de genética identificaram várias variantes genéticas associadas a um maior risco de desenvolver a condição. No entanto, é importante ressaltar que o TDAH é uma condição multifatorial, e a interação complexa entre fatores genéticos e ambientais desempenha um papel crucial em sua manifestação.

Fatores ambientais, como exposição a toxinas durante a gravidez, prematuridade e trauma cerebral, também foram implicados como contribuintes para o desenvolvimento do TDAH. Esses fatores podem afetar o desenvolvimento do cérebro e a expressão dos genes relacionados ao transtorno.

A pesquisa em neurociência do TDAH tem avançado consideravelmente nas últimas décadas, proporcionando insights valiosos sobre as diferenças cerebrais, conectividade alterada, bases genéticas e fatores ambientais associados a essa condição. No entanto, ainda há muito a aprender sobre como esses elementos interagem e como podem ser direcionados para desenvolver abordagens terapêuticas mais eficazes.

O TDAH é uma condição complexa que requer uma abordagem multidisciplinar, combinando a pesquisa neurocientífica com a psicologia clínica, a educação e o apoio social. À medida que a pesquisa avança, esperamos que essa compreensão mais profunda do TDAH leve a intervenções mais eficazes e ao melhoramento da qualidade de vida das pessoas afetadas por esse transtorno.

 

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fonte: https://www.enciclopedia-crianca.com/hiperatividade-e-deficit-de-atencao-tdah/segundo-especialistas/tdah-e-neurociencia

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