Vertismed Brasil | Série: Marketing Digital para Médicos: Regulamentação do Conselho Federal de Medicina

Série Marketing Digital para Médicos: Regulamentação do Conselho Federal de Medicina

Tiempo de lectura: 4 minutos

Em consequência do crescente desenvolvimento tecnológico nos contextos atuais, podemos perceber claramente o quanto mudou o comportamento de consumidores, clientes e pacientes. Com o uso de aparelhos cada vez mais modernos e práticos, tais como celulares e computadores, adquirir produtos e serviços ficou a um clique de distância, apenas.

Pelo fato de as pessoas passarem uma boa parte do tempo conectadas à internet, as marcas começaram a perceber a importância de garantir uma presença digital nas mídias digitais. Se tratando da área da saúde, não é diferente.

Empresas, clínicas e médicos percebem a necessidade de estarem ativos em redes sociais, a fim de se aproximarem de seu público-alvo. No entanto, o marketing digital para médicos não é realizado de qualquer maneira. Ele precisa ser seguido e orientado pelo CFM — Conselho Federal de Medicina.

Quer saber mais sobre o assunto? Então, confira o nosso post até o final e veja como funciona o marketing digital para médicos segundo as normas do CFM.

O que não pode ser feito no marketing médico?

O marketing digital oferece uma série de possibilidades e estratégias para as marcas e profissionais atualmente, entretanto, nem todas as ferramentas e estratégias podem ser realizadas e exercidas pelos profissionais de saúde. Médicos, por exemplo, possuem algumas restrições importantes, e devemos ficar atentos a isso na hora de elaborar um planejamento de marketing digital. Confira abaixo o que um médico não deve fazer em suas estratégias:

1. Tirar selfies com pacientes

De acordo com as normas do Conselho Federal de Medicina (CFM), está devidamente claro em suas diretrizes a questão de publicações de selfies por parte dos médicos com seus pacientes. Isso porque o CFM regulamenta e sempre frisa a questão da privacidade e o anonimato referente ao ato médico. Portanto, o médico não tem autorização para realizar selfies com seus pacientes.

 

2. Imagens de “Antes e Depois” de procedimentos

Ao contrário do que vemos bastante nas redes sociais, consultórios de saúde e médicos não podem fazer a publicação de imagens do “antes e depois” de determinados procedimentos. Além disso, o Conselho Federal de Medicina também ressalta a questão da investigação por parte dos Conselhos Regionais de publicações realizadas desse tipo.

Por esse motivo, é importante entender que, por mais que o seu paciente resolva tirar uma foto antes e depois de um procedimento, o médico não tem autorização para repostar essa publicação, uma vez que infere novamente nos direitos de privacidade e anonimato.

3. Realizar a divulgação de tratamentos e preços

Não menos importante do que os itens citados acima, é a questão dos processos referentes à divulgação de tratamentos e de preços de procedimentos médicos. Nesse quesito, o CFM proíbe que qualquer preço e tratamento médico seja divulgado em mídias sociais, e as principais formas de pagamento para esses procedimentos.

Isso porque ela infere que os pacientes não devem ser instigados a ir a um consultório médico mediante ao valor que é cobrado, mas sim pela qualidade que o serviço médico é oferecido.

O que pode ser realizado no marketing médico?

Agora que você já sabe o que não deve ser realizado no marketing médico, vamos conferir agora o que o CFM autoriza para os médicos:

1. Divulgar serviços

De acordo com o Conselho Federal de Medicina, é permitido que o profissional da saúde faça a divulgação de seus serviços em redes sociais e quaisquer outros meios digitais, desde que sejam respeitadas as diretrizes do marketing médico. Entre essas diretrizes, está a questão de informar sua especialidade — que deve ser no máximo de duas, seguido do seu RQE e CRM de acordo com a área de atuação.

Entretanto, é necessário que os médicos tomem bastante cuidado nesse quesito, uma vez que não podem oferecer um tom sensacionalista na divulgação, fazendo com que o atendimento seja descrito como “o melhor” ou “o mais competitivo e completo”, por exemplo.

2. Criar um site/blog

Apesar do CFM não permitir que médicos realizem consultas através de redes sociais, sites ou blogs, é possível criar um blog para contribuir com as estratégias de marketing de conteúdo e SEO (Saiba mais sobre estas estratégias clicando aqui). Afinal, vivemos em um contexto social onde as pessoas recorrem ao Google para comprar produtos, serviços, tirar dúvidas, entre outros processos relacionados.

A criação de um blog para um médico permite que ele utilize estratégias para captar pacientes através de e-mail marketing — atentando-se às normas da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) para captura de leads. O blog é uma excelente maneira de promover conteúdos relevantes para o público digital, a fim de gerar a construção de uma autoridade na internet.

3. Referenciar os equipamentos que o médico possui

Em geral, nas redes sociais ou qualquer outra plataforma de mídia digital, a divulgação de equipamentos é uma outra questão a ser cuidadosamente analisada. Isso porque o Manual do Codame ressalta que a propaganda de equipamentos não deve ser feita com o simples objetivo de “trocar vantagens econômicas por outras empresas ou até mesmo pela indústria farmacêutica”.

No entanto, mesmo que esse não seja o objetivo do médico, o ato de divulgar equipamentos infere um tom de “autopromoção”, mais no sentido de aumentar o número de pacientes. Por esse motivo, a Resolução CFM 1974/11 faz com que o médico seja proibido de participar ou realizar algum tipo de demonstração técnica de seus procedimentos, equipamentos e tratamentos com o objetivo de valorizar o domínio de sua utilização, estimulando que pessoas procurem por seus serviços.

Sendo assim, o médico precisa ter bastante cuidado quanto a forma de referenciar seus equipamentos médicos, sempre tendo em mente que esse ato não deve ser pautado no objetivo de mostrar que o equipamento é o “melhor” ou que “garante melhores resultados”. Conforme vimos, o CFM não é de acordo com a promoção de vantagens competitivas sobre uma determinada ação.

conclusão

Conforme vimos, o marketing digital é de suma importância para o mercado atual, especialmente para os médicos. No entanto, quando falamos a respeito da área da saúde, alguns critérios precisam ser analisados com cautela, pois não é toda estratégia de marketing que pode ser implementada por médicos, clínicas e profissionais da saúde.

Se você deseja saber um pouco mais sobre esse assunto e conhecer outras normas do CFM, acesse o Manual de Publicidade Médica e confira na íntegra toda a regulamentação necessária para realização de publicidade online.


Fonte:

https://portal.cfm.org.br/publicidademedica/arquivos/cfm1974_11.pdf

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