Vertismed Brasil | O uso de anticoncepcionais no tratamento da Síndrome dos Ovários Policísticos

O uso dE anticoncepcionaIS no tratamento da SOP

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A Síndrome do Ovário Policístico (SOP) atinge de 7 a 10% das mulheres em idade reprodutiva, sendo considerada uma das endocrinopatias mais comuns na menacme. A doença é motivada pelo desequilíbrio hormonal e possui causa multifatorial, apresentando como principais sintomas alterações no ciclo menstrual, hiperandrogenismo e cistos nos ovários.​

Tal síndrome também exerce influência sobre outras patologias, como problemas cardiovasculares, diabetes melitos tipo 2, pressão arterial, alterações do colesterol e aumento de peso. Sem contar que, em casos extremos, em que a paciente não recebe tratamento adequado, há o aumento do risco de desenvolver câncer no útero e endométrio.​

Dessa forma, para o tratamento da SOP é recomendável o uso de anticoncepcionais orais, especialmente em casos de manifestações androgênicas. Os estudos demonstram que o uso de contraceptivo hormonal apresenta resposta positiva contra a síndrome, com destaque para os sintomas relacionados ao hirsutismo, proporcionando melhora significativa no crescimento excessivo de pelos e controle da oleosidade da pele.​

É importante analisar que contraceptivos com etinilestradiol (EE) provocam maior elevação da SHBG do que contraceptivos que contêm 17-betaestradiol (E2), o que deve ser levado em conta na hora da escolha do anticoncepcional mais recomendado para a paciente.​

Uma publicação recente, com o consenso de especialistas de vários países, sugeriu que o fármaco mais indicado é o contraceptivo oral que contenha de 20 a 30 mcg de EE ou equivalente, levando em conta que compostos com 35 mcg ou mais de EE estão associados ao aumento de efeitos adversos, especialmente a incidência de casos tromboembólicos. Dessa forma, os anticoncepcionais com doses mais baixas de EE são considerados como a primeira linha de tratamento da SOP, pois diminuem significativamente o risco de efeitos adversos.

No geral, o uso de anticoncepcionais orais manifesta uma melhora expressiva no perfil hormonal da paciente, induzindo, ainda, a descamação do endométrio, uma função de alta relevância na prevenção de hiperplasia e câncer endometrial.​

Sendo assim, o uso de anticoncepcional oral combinado é o mais indicado para o tratamento da Síndrome do Ovário Policístico, provando que, além de proporcionar maior liberdade às mulheres, a anticoncepção também pode auxiliar em uma vida mais saudável.​

 

Referências:

Benetti-Pinto CL. Tratamento das manifestações androgênicas. In: Síndrome dos ovários policísticos. São Paulo: Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo); 2018. Cap. 5. p. 56-67. (Série Orientações e Recomendações Febrasgo, nº 4, Comissão Nacional de Ginecologia Endócrina).​

Pereira MP; Silva VO; Cavalcanti DSP. Síndrome do Ovário Policístico: Terapia Medicamentosa com Metformina e Anticoncepcionais Orais. In: Saúde e Ciência em ação (UNIFAN). V.1, N.1, Jul-Dez 2015.

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